18 de setembro de 2011

Tu, meu sonho

Tu, meu sonho
por Nada

Tu me fazes querer sonhar acordado, mesmo que o sonho seja um pesadelo
E antes que tu me entendas mal, tu és um doce sonho, minha querida
Um sonho que não se sonha só, um sonho que sonhando cria a realidade
Dos devaneios nos quais, eternos, contigo irei erguer minha ermida

Se meus olhos alcançam os teus nesse vendaval louco de sutis impressões
Encontro neles a fulgurante certeza que tanto procurei em minha vida
Aquela verdade profunda que tanto foge dos homens fadados ao vil sono
Com velocidade célere de uma jovem corça sangrando, mortalmente ferida

E se por desventura desperto de teus braços hipnóticos para o triste dia
Conservo no íntimo a mais bela imagem jamais vista por seres mortais
Narcótico prazer que mantém viva em meu espírito tua jovial alegria

Desperta-me deste pesadelo nefasto ao qual, frios, chamam "realidade"
E aprisiona-me em teu reino noturno de belas quimeras ancestrais
Pois prefiro antes ser um escravo teu que desfrutar vazia liberdade

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