25 de setembro de 2011

Desditosa senhora

Desditosa senhora
por Nada

Desditosa senhora que tomei para minha vida
És tu, poesia, a senhora de todas as altas artes
Que minhas forças consome assim tão aguerrida
E me dispensa, já bagaço, na lixeira que preparaste

Luto palrando contra tuas insanas exigências
Apenas para ter um verso que agrade a ti, ama
Para servir-te, abandonei da vida as prudências
E entreguei-me ao teu seio com o ardor da chama

Mas no final nada me oferecerás como consolo
Minha vida inteira me furtarás em insensível dolo
E envergarás minha alma como troféu de vergonha

Esquece-te que se me dediquei aos teus caprichos
Foi para cantar minha princesa da noite em versos
E fazer da alma dela muito mais ditosa e risonha

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