24 de setembro de 2011

Anjo Negro

Anjo Negro
por Nada

Sinto-me um anjo caído de penas rotas nas asas
A pairar soturno bem sobre teu glorioso destino
Minha sombra, silhueta negra em estado prístino
Anuncia-me arauto de desgraças desesperadas

Mas tu nada tens a temer, delicada dama de negro
Pois se te acompanho não será para causar-te dor
Tampouco para alimentar ou criar para ti mais horror
Ou justificar a fama dos círculos aos quais integro

Se de minha distância me aproximei de tua imagem
Foi porque mesmo em um breve relance, de passagem
Vi em teus olhos a estrada para a luz e minha salvação

E se te onero com minha tão desgraçada e vil presença
Busco privar-me do sofrer causado por tua ausência
E em te amar, encontrar doce alento para o coração

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