7 de outubro de 2011

Ao meu mestre, sobre o Amor

Ao meu mestre, sobre o Amor
por Nada (http://cancoesdeumpoetamorto.blogspot.com)

Ah, mestre... Finalmente te entendi
Quando disseste que o amar é louco
E podemos ser fiéis a duas pessoas
A uma amaremos com a mente em si
Enquanto à outra o coração canta rouco
E aos dois amores o bom Deus abençoa

Custou-me crer em tua santa sapiência
E em teu domínio sobre nossos segredos
Guardados fundo no sombrio da alma
Mistérios negros para os quais a ciência
É eficiente como um barco aos rochedos
Soçobrado indefeso pelas águas calmas

Sei agora da verdade de teu Ensinamento
Quando a loucura iluminou meus olhos
E removeu as viseiras cegas do vulgo
Agora meu amar não jaz solto ao vento
Mas devotado às musas como espólio
Testamento poético do sentir fecundo

À Dama da Noite, minha Marília eterna
Peço que não me negues teu doce beijo
Se discordares do que aprendi do Amor
Pois teus olhos guiam-me como lanternas
Levando-me pela estrada do teu desejo
Que contemplo como à tua rosa em flor

Permita-me amar-te como o Mestre diz
Tu, que já viste em meus olhos o espírito
Que anima minha pena a esta canção
Para nós dois a moralidade não condiz
Pois, bravio, o sentimento causa frêmitos
Que guardam o segredo da pura emoção

E a ti, bom Mestre que amar me ensinou
Agradeço como nunca por ter respondido
O enigma que me conduzia à demência
Agora posso dormir, a mente se acalmou
Amar sem da felicidade ter me evadido
E ter a Dama da Noite em minha essência

--
Que a Paz esteja contigo,
Luís Fernando

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