23 de novembro de 2011

Póstumo

Póstumo
por Nada (http://cancoesdeumpoetamorto.blogspot.com)

Se tu morreres pode ser um a menos para muita gente
Para mim será uma pessoa que realmente vai fazer falta
Para muita gente poderá ser um inominável, grande alívio
Mas para mim será um pesar eterno, duro e muito triste

Quando a sombra da morte paira sobre nossas cabeças
É que percebemos não o quanto valemos neste existir
Mas o quanto algumas pessoas, essas que agora partem,
Valem para nós, mortais que agora restam nas sarjetas

Permaneça por aqui por mais um tempo, minha querida
À sombra, se preferires - mas aqui, no mundo dos vivos
Entre os castelos e jardins que emolduram hoje tua partida

Oh, terra! Fecha tuas mandíbulas sedentas da pura seda
Que recobre o corpo de minha Princesa de dedos alvos
Que, morta, agora habita em uma necrópole de alamedas

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