23 de novembro de 2011

Coisa estranha

Coisa estranha
por Nada (http://cancoesdeumpoetamorto.blogspot.com)

Coisa tão estranha que tu és
Sem ser nada a não ser estranha
Conheces as modulações da alma
Reberverando por todas as entranhas

Coisa sem nexo, sem preparo, sem ser
Coisa que não entende a música que vibra
Puxando a todos para o inevitável fim
E cobrando de nossas forças a terna fibra

Coisa das maluquices eternas e sem fim
Nascida do puro caos que antecede a aurora
Coroada com louros, verbenas e jasmim

Oh, Amor, dos deuses o mais insondável
Que nos derruba ou ergue sem mais demora
Ao horror profundo ou ao prazer admirável

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, lembrando que mensagens ofensivas ou desrespeitosas não serão publicadas